Os baloiços são a minha expressão máxima de uma liberdade desejada mas controlada, que tantas vezes me ajudou a ponderar.
Desde miúda que adoro baloiços, embora não me lembre muito desses momentos na minha curta infância.
Na minha fase louca de teenager ou de universitária errante, bastava sentir a euforia de uns copos ligeriramente perdidos ou a companhia de um ser extraordinário áquela hora da madrugada para desatar a correr e saltar muros, fugir aos seguranças e apenas baloiçar.
O desiquilibrio controlado, o vento na cara, a noite, sempre me ajudaram a reflectir, a encontrar uma serenidade de corpo e alma para todo o meu universo ser um pouco mais rosa. Choque, claro.
Por todos esses motivos deixo-me levar hoje, uma vez mais. Mas num balouçar menos seguro, menos frio, mais infantil. E o vento vai-me trazer a resposta á pergunta mais dificil que fiz.
Em palavras que são de cor, errantes, perdidas de outros momentos, de outras prisões, de santos segredos.
Relembro rostos e nomes e algumas pessoas. Risos. Espirros de alma de tanta gente que se ria. Não de mim, mas comigo.
Recordo que o mundo é bom. Intrinsecamente doce, quando não temos que ser o mundo de alguém e apenas nos basta levantar os pés e deixar a alma dançar.
Hoje vou dançar. Para mim. Dentro de mim. No meu baloiço.
2 comentários:
Eu...?
Olha, linda, sempre fui cota...
E não sei porquê, enjoam-me os baloiços...
Mas adoro Dançar...
Qualquer ritmo, em qualquer lugar, com quem quer que seja...
Mesmo sózinha...
Durante a noite... quando sonho a dormir... sonho muitas vezes que danço... e danço tão bem... até pareço uma artista...!
E na manhã seguinte, sinto-me mais leve...
Bom fim de semana
Energia!
Vai saltar um muro ... ;-)
É a sensação de liberdade, suponho. Também adoro baloiços e principalmente à noite; aliás, creio que prefiro fazer tudo de noite :-p, até mesmo ficar acordada.
Que tenhas tocado as estrelas com essa tua dança interna. Beijo.
manuela
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