terça-feira, dezembro 09, 2008

Palavras...palavritas

Há algumas coisas das quais me orgulho nesta vida, para além, obviamente, dos meus filhos, a mais bela produção que eu, sem esforço, criei. Um dia, porém, quis o acaso e um conjunto de coincidências, que o meu gosto pelo vinho, o meu lado tagarela, e a minha capacidade de receber por bem tudo que vem envolto num grande sorriso, me tenha colocado em braços (e acima de tudo, abraços), uma das pessoas mais maravilhosas que conheci. Cheio de defeitos, como eu, com uma presença que trespaça qualquer fronteira física, o Jorge Martinez, ou o meu Príncipe, ensinou-me, melhor que ninguém, que nem sempre o que desejamos é realmente o que queremos, mas acima de tudo, mostrou-me o meu valor, enquanto amiga, enquanto mulher, enquanto mãe mas também enquanto pessoa que vive com o coração na boca e meio a despropósito teima em dizer tudo o que pensa.

Como as coisas belas e bonitas são para partilhar, deixo-vos aqui uma pequena amostra de como este Meu amigo, escreve bem, também ele com o coração ao pé da boca, e da mão e do pé. O blog dele, ainda que não actualizado com regularidade, vale sempre uma visita e um comentário.




"Nunca contamos con que los años van cayendo como gotas de lluvia sobre un hierro impoluto, el cual , finalmente se acaba oxidando y asemejandose a los demás trozos mohosos de metal que un día relucieron a la luz de un sol lleno de vida y por qué no?? de ilusión.Ésta posiblemente, fue la razón por la cual nunca imaginó nadie, tanto menos él, un adios tan repentino, pero el amor es traicionero y a veces nos da la mejor de las sensaciones para luego darnos el peor de los dolores. Es dificil ser consciente de que la vida puede estar acabandose tras la siguiente curva, y ella convertirse en precipicio inminente, quizas porque no queramos saberlo, quizas porque no nos guste la idea o quizas porque no estemos hechos para ello... sea cual sea la causa, el irreparable dolor que deja un amigo que se va, es la estaca que abre la brecha de nuestros pensamientos y la razón que nos mueve al porqué de la existencia."
Sei que disse que sim mas, desculpa...não tenho tempo para sofrer!!!
Olha a cidade onde as luzes se acendem a passo cronometrado com o seu. De olhos postos o chão onde se perdem os seus passos, ouve a música gritada aos seus ouvidos. Não quer ouvir o mais pequeno sinal de vida que passa á sua volta. Quer espantar as palavras que ecoam na sua cabeça, como se o esquecimento delas a fizessem voltar ao ponto de partida.

- Desculpe Maria. Dava tudo para não lhe dar esta notícia. É irónico que de novo seja eu a fazê-lo. Anos depois.

-Mais uma coincidência. Apenas isso. Se eu acreditasse em algo que fosse, em Buda talvez, pensaria que existe para me chamar á terra de cada vez que me baralho por ai. Deixe lá. O que não mata engorda já diria a minha avó.

We wish.

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Sortuda como só eu, as fotos do fim-de-semana bloguista foram-se...mas ficarão guardadas numa moldura mental revisitável.
O regresso a casa faz-se em paz e serenidade.

Na mouche

"É mais fácil provocar uma coincidência do que evita-la."

Paco

Pensamentos obtusos

Gosto de marcos de correio. Vermelhos. Marcos de correio vermelhos que, sozinhos, isolados e impotentes encerram em si a imprevisibilidade do desconhecido.

domingo, dezembro 07, 2008

O Douro é lindo. Mesmo quando está um frio de rachar. Por isso, e para aquecer o corpinho nada como ir beber um Porto no Pinhão. Nada melhor como o improviso para animar. E a hora? Ninguém desconfia.

Fim da linha

"Viver é um treino e uma aprendizagem. É um exercício de meter no possível os nossos sonhos, os nossos desejos e as nossas ambições mas sem abdicar deles. Quando fazemos esta descoberta ainda vamos mais longe; fazemos por tornar os sonhos possíveis. E o que é possível, sempre, é o afecto que damos aos outros."

António Alçada Batista,

29/01/1927 - 07/12/2008

in "O riso de Deus