Se fosse assim tão simples...
sábado, fevereiro 23, 2008
sexta-feira, fevereiro 22, 2008
Just a girl standing in front of ...a bottle of wine
Queria escrever-te assim...não sei o que te diria. As palavras não parecem suficientes para dar forma a um sentimento que entre o vazio, a saudade, a raiva, o orgulho ferido, o amor, a tristeza, a alegre memória, a dor, o amor…os sentires que se acotevelam em mim. Hoje a tua ausência é a senhora do dia. Manda, desmanda, põe a mesa e parte a loiça.
Não tenho para te amar mais do que breves lembranças espelhadas acima de tudo em palavras escritas na vertigem de um novo sentimento a amanhecer. Não é o teu corpo que me falta, talvez apenas os teus olhos abertos em sorrisos, que de quando em quando espreitam por entre as portas que me obrigo a fechar. Hoje desisti de te esquecer. Baixei os braços, sentei-me no sofá vermelho, debaixo do candeeiro que era teu, escolhi um vinho, abri uma caixa e deixei a saudade soltar-se por entre as palavras que escrevias nuns dias menos chuvosos que hoje.
É a tua voz que me pesa, ou melhor, o vazio que ela deixou. Fecho os olhos por segundos e quase sinto a minha pele arder dos beijos á mistura com a barba por fazer. O teu gosto colou na minha boca no teu nome que prenuncio baixinho, para que não me ouças.
Leio as tuas cartas que ainda hoje me arrancam gargalhadas, agora á mistura com lágrimas. Peço a um Deus no qual não acredito que te leve de mim de uma vez por todas. Que te arranque a ferros deste sonho quebrado que no fundo de um querer bravio, valente e teimoso te prendeu a mim.
Queria-te para mim num quarto da medida que me tens.
Não tenho para te amar mais do que breves lembranças espelhadas acima de tudo em palavras escritas na vertigem de um novo sentimento a amanhecer. Não é o teu corpo que me falta, talvez apenas os teus olhos abertos em sorrisos, que de quando em quando espreitam por entre as portas que me obrigo a fechar. Hoje desisti de te esquecer. Baixei os braços, sentei-me no sofá vermelho, debaixo do candeeiro que era teu, escolhi um vinho, abri uma caixa e deixei a saudade soltar-se por entre as palavras que escrevias nuns dias menos chuvosos que hoje.
É a tua voz que me pesa, ou melhor, o vazio que ela deixou. Fecho os olhos por segundos e quase sinto a minha pele arder dos beijos á mistura com a barba por fazer. O teu gosto colou na minha boca no teu nome que prenuncio baixinho, para que não me ouças.
Leio as tuas cartas que ainda hoje me arrancam gargalhadas, agora á mistura com lágrimas. Peço a um Deus no qual não acredito que te leve de mim de uma vez por todas. Que te arranque a ferros deste sonho quebrado que no fundo de um querer bravio, valente e teimoso te prendeu a mim.
Queria-te para mim num quarto da medida que me tens.
Enquanto o Diabo esfrega um olho...
Enquanto o Diabo esfrega um olho vai apresentado à discussão os argumentos que o defendem da condenação perpétua a que o vivemos, sem nunca nos termos dado ao trabalho de o ouvir.
Atitude essa praticada por quase todos nós, que julgamos qualquer coisa só porque temos o livre arbítrio que, alguns iluminados, nos garantiram ser obra Dele.
Confesso, contudo, que este é bem mais o meu género: é divertido, mordaz e escreve lindamente.
Uma lufada de ar fresco.
Ainda bem que nem sempre o Diabo é cego, surdo e mudo!
Atitude essa praticada por quase todos nós, que julgamos qualquer coisa só porque temos o livre arbítrio que, alguns iluminados, nos garantiram ser obra Dele.
Confesso, contudo, que este é bem mais o meu género: é divertido, mordaz e escreve lindamente.
Uma lufada de ar fresco.
Ainda bem que nem sempre o Diabo é cego, surdo e mudo!
O mundo é uma bola de ping-pong
Pelo facto de ter uma memória considerável para registos de datas e pormenores completamente inúteis e desnecessários, espreitam-me à ideia, situações, momentos, estórias que se conseguem cristalizar numa pequenina dimensão de minutos.
Há 364 dias entrou-me um cisco no olho. O cisco cresceu, a piscadela inevitável surtiu efeito e daí à visão turva foi um saltinho.
Este detalhe puramente insignificante não me teria ocorrido á memória, não fora ontem e também 300 e muitos dias depois, ter regressado à minhã mão, um par de óculos de afeição que eu julgava terem fugido com outro par de óculos entretanto desaparecidos lá para os ares do Bica.
Afinal, os meus amarelinhos estavam aqui mesmo ao meu lado, todos estes dias, nas mãos de alguém que nunca perdeu a ideia de encontrar a dona.
Foi preciso que o governo proibisse o fumo nos locais de trabalho, no dia 1 de Janeiro, para que a troca de bafos ao relento nos aproximasse de rostos que não passavam de números no peso do elevador e estes me tivessem permitido rever os meus óculos de estimação, braço dado com uma companhia para troca de intervalos.
Há 364 dias entrou-me um cisco no olho. O cisco cresceu, a piscadela inevitável surtiu efeito e daí à visão turva foi um saltinho.
Este detalhe puramente insignificante não me teria ocorrido á memória, não fora ontem e também 300 e muitos dias depois, ter regressado à minhã mão, um par de óculos de afeição que eu julgava terem fugido com outro par de óculos entretanto desaparecidos lá para os ares do Bica.
Afinal, os meus amarelinhos estavam aqui mesmo ao meu lado, todos estes dias, nas mãos de alguém que nunca perdeu a ideia de encontrar a dona.
Foi preciso que o governo proibisse o fumo nos locais de trabalho, no dia 1 de Janeiro, para que a troca de bafos ao relento nos aproximasse de rostos que não passavam de números no peso do elevador e estes me tivessem permitido rever os meus óculos de estimação, braço dado com uma companhia para troca de intervalos.
Taninos 1 - Espanhol 0
"Como gasto papeles recordandote
como me haces hablar en el silencio,
como no te me quitas de las ganas
aunque nadie me vea nunca contigo.
Y como pasa el tiempo que,
de pronto, son años
sin pasar tú por mí,
detenida.
Te doy una canción si abro una puerta
y de la sombra sales tú.
Te doy una canción de madrugada,
cuando más quiero tú luz.
Te doy una canción cuándo apareces
el misterio del amor,
y si no lo apareces,
no me importa:
yo te doy una canción.
Si miro un poco afuera,
me detengo:
la ciudad se derrumba y yo cantando.
La gente que me odia y que me quiere
no me va a perdonar que me distraiga.
Creen que lo digo todo,
que me juego la vida,
porque no te conocen ni te sienten.
Te doy una canción y hago un discurso
sobre mi derecho a hablar
te doy una canción con mis dos manos
con las mismas de matar.
Te doy una canción y digo patria
y sigo hablando para ti.
Te doy una canción como un disparo
como un libro,
una palabra,
una guerrilla
como doy el amor"
Sílvio Rodrigues
como me haces hablar en el silencio,
como no te me quitas de las ganas
aunque nadie me vea nunca contigo.
Y como pasa el tiempo que,
de pronto, son años
sin pasar tú por mí,
detenida.
Te doy una canción si abro una puerta
y de la sombra sales tú.
Te doy una canción de madrugada,
cuando más quiero tú luz.
Te doy una canción cuándo apareces
el misterio del amor,
y si no lo apareces,
no me importa:
yo te doy una canción.
Si miro un poco afuera,
me detengo:
la ciudad se derrumba y yo cantando.
La gente que me odia y que me quiere
no me va a perdonar que me distraiga.
Creen que lo digo todo,
que me juego la vida,
porque no te conocen ni te sienten.
Te doy una canción y hago un discurso
sobre mi derecho a hablar
te doy una canción con mis dos manos
con las mismas de matar.
Te doy una canción y digo patria
y sigo hablando para ti.
Te doy una canción como un disparo
como un libro,
una palabra,
una guerrilla
como doy el amor"
Sílvio Rodrigues
quinta-feira, fevereiro 21, 2008
Pensamento alternativo
"Talvez o céu seja um mar grande de água doce e talvez a gente não ande debaixo do céu mas em cima dele;talvez a gente veja as coisas ao contrário e a Terra seja como o céu e quando a gente morre, quando a gente morre, talvez a gente caia e se afunde no céu."
José Luis Peixoto, in 'Nenhum Olhar"
José Luis Peixoto, in 'Nenhum Olhar"
terça-feira, fevereiro 19, 2008
A minha vida dava uma novela Mexicana...
Hoje descobri que a minha vida dava uma novela Mexicana de má qualidade.
Senão vejam:
- O ex-marido sem nada para fazer, marca encontros com o ex-namorado para troca de literatura!
- O ex-namorado vai jantar com a futura mulher do ex-marido para troca de lições.
...e eu ainda tenho que saber?
Mas alguma alma caridosa me diz onde é que eu tenho cola?
Senão vejam:
- O ex-marido sem nada para fazer, marca encontros com o ex-namorado para troca de literatura!
- O ex-namorado vai jantar com a futura mulher do ex-marido para troca de lições.
...e eu ainda tenho que saber?
Mas alguma alma caridosa me diz onde é que eu tenho cola?
segunda-feira, fevereiro 18, 2008
Curso de Introdução à Prova de Vinhos
A todos os que por aqui vão passando e principalmente para os que como eu se interessaam pelos vinhos e principalmente para os que querem aprender um pouco mais sobre este tema fascinante, sugiro a participação num evento construtivo, descontraído, divertido, bem vivido e bebido, mas, também barato, porque isto da educação regra geral, fica caro.
No próximo dia 22 de Fevereiro na Fábula Urbis, em Lisboa, irá realizar-se um Curso de Introdução á Prova de Vinhos, leccionado pelo meu bom amigo Miguel Bucellato, qualificado pela 'Wine and Spirits Education Trust', tendo leccionado cursos em Inglaterra (Londres) e Portugal.
Programa:
- Breve introdução sobre o fabrico do vinho.
- Raízes históricas dos vinhos portugueses
- Como provar um vinho.
- Os cinco sentidos utilizados na prova.
- Como se escreve uma nota de prova.
- Prova cega de 8 vinhos representativos das melhores regiões portuguesas.
- Questionário e eleição da nota de prova mais criativa (prémio de uma garrafa para o vencedor).
- Duração: 2 horas.
- As marcações deverão ser efectuadas até à véspera da realização da sessão.
Preço: € 15,00 por pessoa
Marcações pelo telefone 21 888 50 39
ou
http://fabula-urbis.pt/
No próximo dia 22 de Fevereiro na Fábula Urbis, em Lisboa, irá realizar-se um Curso de Introdução á Prova de Vinhos, leccionado pelo meu bom amigo Miguel Bucellato, qualificado pela 'Wine and Spirits Education Trust', tendo leccionado cursos em Inglaterra (Londres) e Portugal.
Programa:
- Breve introdução sobre o fabrico do vinho.
- Raízes históricas dos vinhos portugueses
- Como provar um vinho.
- Os cinco sentidos utilizados na prova.
- Como se escreve uma nota de prova.
- Prova cega de 8 vinhos representativos das melhores regiões portuguesas.
- Questionário e eleição da nota de prova mais criativa (prémio de uma garrafa para o vencedor).
- Duração: 2 horas.
- As marcações deverão ser efectuadas até à véspera da realização da sessão.
Preço: € 15,00 por pessoa
Marcações pelo telefone 21 888 50 39
ou
http://fabula-urbis.pt/
A chuva nas pregas do meu lençol
Hoje sonhei-te
deitado sobre o meu regaço no sofã apertado.
As mãos distraidas sobre o teu cabelo grande e despenteado,
como o velho gato que se confunde na almofada.
Lia-te poemas que não querias saber,
contava-te histórias que não querias ouvir,
só para sentir o teu sorriso no colo do meu pescoço,
que levanto displicentemente para te ver desejar,
como ao gosto da ameixa fresca do verão.
Sonhei-te de olhos postos do meu ombro,
brincando com o meu prazer,
ás escondidas pelas minhas costas.
Senti o teu sopro na minha nuca feito maré,
espuma fresca que vai e vem no fundo de mim.
Sonhei-me acordar para te beijar a face e ver-te dormir.
Ouvi-te múrmurar o meu nome, suavemente como quem conta um segredo.
Ardente.
Procurei a tua voz pelas cantos da minha cama.
Não te encontrei.
Encontrei as chuvas ,
miúdas pelas pregas do meu lençol.
Hoje, sonhei que era hoje.
deitado sobre o meu regaço no sofã apertado.
As mãos distraidas sobre o teu cabelo grande e despenteado,
como o velho gato que se confunde na almofada.
Lia-te poemas que não querias saber,
contava-te histórias que não querias ouvir,
só para sentir o teu sorriso no colo do meu pescoço,
que levanto displicentemente para te ver desejar,
como ao gosto da ameixa fresca do verão.
Sonhei-te de olhos postos do meu ombro,
brincando com o meu prazer,
ás escondidas pelas minhas costas.
Senti o teu sopro na minha nuca feito maré,
espuma fresca que vai e vem no fundo de mim.
Sonhei-me acordar para te beijar a face e ver-te dormir.
Ouvi-te múrmurar o meu nome, suavemente como quem conta um segredo.
Ardente.
Procurei a tua voz pelas cantos da minha cama.
Não te encontrei.
Encontrei as chuvas ,
miúdas pelas pregas do meu lençol.
Hoje, sonhei que era hoje.
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