"Sou eu. A mesma. Não mudei por já não reflectir em mim a beleza de te querer, ou antes, a beleza que se fixava em mim com o teu querer. Nunca me importou a medida do teu desejo. Saber se era amor, luxúria, paixão ou cumplicidade nunca foi variável importante na nossa equação. Eu gostava e ti. Tu dizias gostar de mim. Isso bastava numa vida partilhada em simultâneo mas não em exclusivo.
Gostar bastava para se acordar risonha e feliz, entorpecida de vontade de ficar um pouco mais em descanso no teu abraço.
Ficou a vontade, descalça, lá no banco de jardim. Aqueles passos ganharam sentido único, num caminho que se tenta fazer sem olhar para trás. Mesmo assim esperei. Perdi a noção das horas numa espera comprometida e medrosa de um coração menina que queria ainda acreditar na possibilidade de inverter os ponteiros. A cada minuto que o meu medo continha, ensaiava as palavras que diria se o universo fosse o meu melhor amigo de escola, aquele que por pacto de sangue de dedos chupados, sempre me salvaria.
A chuva miudinha mas certeira começava a cair e só os risos dos meninos felizes a impedia de cair mais forte.
Voltei ao principio para garantir a mim mesma que tentara. Não naufragará a ver a praia onde iríamos deitar, rir e amar. Não sei porque nunca fizemos amor na praia. Na realidade não seria amor que faríamos porque não era amor que vivia em nós e vivendo, não passava de um okupa involuntário e clandestino. Não sei hoje o que era, não no conceito ou na justificação, mas sei como crescia, todos os dias um pouco mais.
Há algo de mágico no Jardim da Estrela debaixo de chuva. Mesmo quando chove em simultâneo do lado de dentro da estrela. O jardim já lá estava antes de nós e o banco será sempre um banco. Hoje, era um banco de esperança, um banco com uma declaração de amor, que a chuva transformará em poeira e numa pequena estrela daquele jardim."
Gostar bastava para se acordar risonha e feliz, entorpecida de vontade de ficar um pouco mais em descanso no teu abraço.
Ficou a vontade, descalça, lá no banco de jardim. Aqueles passos ganharam sentido único, num caminho que se tenta fazer sem olhar para trás. Mesmo assim esperei. Perdi a noção das horas numa espera comprometida e medrosa de um coração menina que queria ainda acreditar na possibilidade de inverter os ponteiros. A cada minuto que o meu medo continha, ensaiava as palavras que diria se o universo fosse o meu melhor amigo de escola, aquele que por pacto de sangue de dedos chupados, sempre me salvaria.
A chuva miudinha mas certeira começava a cair e só os risos dos meninos felizes a impedia de cair mais forte.
Voltei ao principio para garantir a mim mesma que tentara. Não naufragará a ver a praia onde iríamos deitar, rir e amar. Não sei porque nunca fizemos amor na praia. Na realidade não seria amor que faríamos porque não era amor que vivia em nós e vivendo, não passava de um okupa involuntário e clandestino. Não sei hoje o que era, não no conceito ou na justificação, mas sei como crescia, todos os dias um pouco mais.
Há algo de mágico no Jardim da Estrela debaixo de chuva. Mesmo quando chove em simultâneo do lado de dentro da estrela. O jardim já lá estava antes de nós e o banco será sempre um banco. Hoje, era um banco de esperança, um banco com uma declaração de amor, que a chuva transformará em poeira e numa pequena estrela daquele jardim."
2 comentários:
Algo me diz que sou alto hacker e que mesmo sem teres os posts a verem-se, eu consigo v~e-los e fazer comentários!
Beijos enormememente preenchidos de saudades e carinho nas tuas bochechas.
F
Algo me diz que sou alto hacker e que mesmo sem teres os posts a verem-se, eu consigo v~e-los e fazer comentários!
Beijos enormememente preenchidos de saudades e carinho nas tuas bochechas.
F
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