Tens o meu abraço. Sabes que sim. Sabes que ainda que longe pelos muros que a vida impõe. Eu conheço-te. Eu reconheço-te. Eu descubro-te todos os dias um pouquinho mais.
No silêncio dás-me prendas. Aqueces-me as mãos frias. Envolves-me o peito que corre a passos curtos pela cidade á procura do lugar mudo.
Sabes que choro, que rio, que desafino, que faço o pino, que ralho, que me zango, que não entendo, que não quero entender. Que não sou boazinha. Que sou feia. Que sou linda.
Podes ser mau, ofegante, prepotente, distante, falso, comunista, bloquista, benfiquista, extremista, sedutor, amante, amigo, professor, estranho. Podes nem aparecer só para dares um ar da tua graça.
Já me viste de todos os ângulos mas não viste os ângulos todos.
Sabes que tricóto a minha manta com fios de paciência e perseverança todos os dias antes de dormir.
Um dia essa manta vai aquecer-nos numa noite fria mas inundada de luz e estrelas.
Tu sabes que eu sei.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário