Hoje senti que todas as palavras que proferi, escrevi, ou publiquei formam uma espécie de cabo que vai prendendo outras vidas e histórias em mim. Umas passaram por momentos fugazes outras que passaram a fazer parte daquilo que constitui o meu colectivo eu. . Algumas que se perderam sem sentido.
Como qualquer cabo carregado em excesso parte, e os “penduras” se espalham pelo chão vejo-me agora sentada, tranquila e serena, no meu silêncio, a escolher as histórias e personagens que devem ficar para além de mim.
Assim, o silêncio consciente assemelha-se a uma tesoura de poda, que tem que executar uma monda em verde, para que , pela diminuição do excesso de palavras e pessoas, fique um sumo mais concentrado e uma película mais rosada que se possa produzir outros vinhos tão diferentes.
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