Sempre gostei de Waterboys e "The whole of the moon" sempre me transmitiu uma vibração única que me levava a rodopiar sobre mim, entre risos solitários e olhares trancados numa sensação só minha.
Lembro de dançar essa música em tantos momentos únicos e marcantes, onde talvez o nº1 do top pertença a uma noite quente de verão na pista do Seagull, em que toda eu, por fora e por dentro me senti a rainha da noite, braço dado com um poeta desbocado que arrancava as estrelas em forma de palavra para as depositar ao colo do meu ouvido.
Quis a tão curiosa e corriqueira ironia do destino que essa letra fosse pintada de outras cores e mais estrelas que anos depois me foram sussorradas a título de confidência e gargalhada privada.
Ontem, na pista onde me possuo e liberto, onde me acabo e começo em mim, só para mim, onde me dou em tudo o que de mais perfeito possuo, essa música encetou um desafio comigo.
Paralisou-me as pernas, assaltou-me a memória e feriu-me de saudade.
Tomada de surpresa, demorei a reagir, num diálogo intenso, cruel e brutal comigo mesma, mas ganho numa batalha justa.
A alma lutou com o coração e ganhou. Não deixarei que a lembrança de um ser muito especial se transforme em fusil e me atinja ao soar de cada nota desta toada.
O buraco da lua dele, não será cova da minha dança.
Fechei os olhos, sorvi a dor, convidei o orgulho e de sorriso rasgado dancei, rodopiei , saltei e devolvi o olhar com esperança e tranquilidade, a cada rosto que se cruzou.
I saw the whole of the moon, e dancei na sua luz.E um novo motivo para dançar essa musica cheia de forças nasceu: EU
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário