Estás ai. Eu sei. Eu sinto ainda que não nos tenhamos nunca cruzado. Talvez não consigas dormir também. Talvez os sonhos te façam acordar em sobressalto. Serão as lembranças que te acordam sem piedade? Quem são os teus motivos? que palavras te escrevem?
Talvez estejas ancorado numa decisão a tomar. Talvez precises partir mas também te convenças a ficar, em nome de algo maior.
A ti...visitante desta noite, ao lucofusco de mim...fica!
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São as angústias, as que se acumularam. É o passado. As que se plantaram no horizonte e não me deixam ver o sol. É o futuro. Preciso urgentemente de rebobinar a vida. De rebobinar os amôres e não voltar a entrar nos que foram, para sempre, um beco sem saída. Aqueles em que choquei contra a parede, e todo o corpo ficou desmembrado. Preciso de sair e preciso de ficar, talvez aqui, talvez ali, ou talvez em lado nenhum. Preciso de sair e voltar. De procurar a razão mais forte para continuar, até perceber que essa razão sou eu. Preciso de continuar por mim, preciso duma outra razão para continuar. Porque este "Eu" ou este "Mim" são insuficientes. É isso que me deixa mal com a vida, a que foi e a que será. Talvez, um dia, isso deixe de ser assim. Gostava de ser sempre feliz.
O teu "Eu" é um povoar de vidas, amores, desamores, angústias, tristezas e alegrias que fazem de ti um ser único. Talvez incompreendido e mal amado. A começar não raras vezes por nós próprios. Os becos do passado são eravas daninhas. São flores carnívoras que com um pincel embelezamos só para nos fazer crer que valeram algo. Não raras vezes deveriam ter sido suficientes para aprender aquilo que não somos e não queremos ser.
Muitas vezes rebobino. Tantas que a fita já está gasta e já lhe saltam imagens. Um dia de tanto puxar a história atrás já ela terá sido reescrita. Nesse entretanto...tenho ser eu, assumindo os medos, os exageros próprios de quem engole o coração todos os dias a custo. E por isso, por todos esses momentos em que penso, onde raio me olho, que espelhos me traem, me sinto abraçada, por braços sem rostos. Longos, curtos, extensos de intensidade ou apenas sorrisos que se olham e reconhecem. Assim. Como se a tua dor, a tua angústia, se tivessem cruzado nos mesmos bancos de escola.
E ser feliz? Será esse mesmo o objectivo? Anseia antes pela tranquilidade, depois pede um pouco de paz, um molhe de amigos daquelas que o são sem nenhuma razão aparente e esquece o amanhã. Fica-te por aqui. Pelo segundo, a seguir ao outro. Segue o teu tempo como se de uma rádio sem playlist se tratasse. Ás vezes a música que se segue é capaz de nos encher a alma de espanto e lavrar os nossos sonhos.
Volta sempre amigo(a) sem nome...
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