quinta-feira, agosto 23, 2007

Pouco tesão

Descompensada,
entregue á bicharada,
rota e entrecortada pelo silêncio,
mordida,
ferida,
agarrada,.
Presa por comer
presa por não ter...
Em distúrbio
em passo rápido pela rua
atrasada para lugar nenhum.

Viva,
Atordoadamente atenta,
absorvente.
Sorridente
dessidente
de uma guerra qualquer...

De partida
á chegada da estação.
Sem malas,
sem muletas
sem tesão...

Chuva
água em turbilhão
o sossego
a multidão,
o calor
a razão cantante
o sorriso exposto...

A mentira da força
a real negação
um mundo correcto
sem grande emoção,
sem raiva
sem dor
resta a mão e o coração
e pouco tesão...

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