quinta-feira, outubro 21, 2004

Psst!Psst!
Sim. Tu. Pateta. Senta-te ai. Tenho passado as noites em claro pensando. Construindo castelos de cartas que, voluntariamente, faço cair instantes depois. Penso o quanto gosto de ti. Um gostar genuíno.Daqueles que nos caem no colo e feito cachorro se vão aninhando. E quando sacudimos a nossa realidade, percebemos que temos um pequeno presente nos nossos braços. És uma joía. Uma surpresa perfeita, mas...um presente envenenado. A culpa não é tua, tãopouco minha. São azares circunstânciaIs de uma carreira que se apanha a meio do percurso. Depois de entrar não se pode sair em qualquer apiadeiro. Tu fazes parte da minha vida. Não te posso expulsar.Não o quero. Mas tenho de te largar por dentro, dar-te espaço para naufragar por Lisboa. Manter distâncias fisicas, telefónicas mas sem nos perdermos. No entanto, tudo isto que te digo não sei se o consigo cumprir. São desejos de paz que cogitam no ninho das minhas fantasias, que se não as fecho, ganham asas e atropelam o meu mundo, já do avesso. Valores mais altos se levantam ( mais pequenos, mais lindos, mais perfeitos, mais únicos, mais meus). A ti só te posso pedir desculpa. Desculpas de te ter deixado entrar e conhecer um pouco das minhas estórias, sem te empurrar no final de cada capítulo, para a tua vida.
Também te quero fazer um desafio. Um que sei que aceitarás. Tenho tanta certeza como a que brota no teu olhar de força, magia, paixão. O teu mundo perfeitamente ás avessas que me serve de porto seguro.
Pois é...o desafio. Uma grande caçada. Tu e eu em Moçambique, dentro de 3 anos. Uma semana só nossa. Sem nove. Sem meia. Só nós os dois. Para perceber, para permitir, para voar. Para ser. E sempre para sorrir.
O apiadeiro final poderá estar mais perto. Mas dentro deste horário cronometrado da minha vida guardo a liberdade. Que quero que seja tua e minha e nossa. Temos tempo para o planear. Para falar. Para viver. Para sorrir.
Obrigado por me recordares o calor do sorriso.
Não te doi a cara...?

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