segunda-feira, setembro 24, 2007

Eu ainda chego lá....



Como é do domínio público eu era, até à relativamente pouco tempo, uma cidadã não mobilizada, ou seja, uma pendura de tudo que era veículo de transporte público, carro, ou mota de amigos ou namorado...
Mais do que ter a mania das grandezas e como tal, gostar de ter um choffeur (lá está ela armada em fina de facto!) eu tenho, é mesmo, pouca queda para conduzir tudo aquilo que vai, para álem das minhas pernas...e mesmo essas, sabe Deus, e os meus joelhos!

A minha relação com os meios de transporte é de tal forma um caso de raro sucesso, que aqui a vossa amiga ou inimiga cordial, como preferirem, não anda de bicicleta, triciclo, barco, skate e apenas os patins em linha se safamgraças á teimosia de outros num projecto que em tempo foi a dois e mesmo assim continuo a achar que é mais fácil mandar-me contra as paredes que aprender a travar...mas fico linda com o meu capacete preto e joelheiras, cotoveleiras e protector de mãos
A verdade, é que apesar de todas estas questões...sou portadora de uma linda carta de condução que, não fosse a fotografia, mandaria com gosto emoldurar.Não por estar particularmente feliz com o facto de a ter, mas porque todo o processo para adquirir foi mais doloroso que qualquer parto numa ambulância. Foram 6 anos, 3 licenças de aprendizagem, muitos euros, 2 exames de código, um casamento, um instrutor morto, mas apenas 1 exame de condução. É verdade. Passei á primeira e com distinção, no dia e que terminava a minha terceira licença de aprendizagem e frente a um instrutor que já sem argumentos se benzeu umas 3 vezes.
Ao longo da minha extensa carreira de quasi-encartada eu tive nada menos que 70 aulas de condução, onde, felizmente para muitos de vós, aprendi à quadragésima,que afinal as rodas de trás não viram! Confesso que continuo sem entender porque e muito menos o principio de que na realidade as mudanças de direcção em marcha atrás não funcionam ao contrário!
Pois....
1 ANO, seis meses e 9 dias após esse bendito exame que provou que afinal e apesar dos meus reflexos de velha de 80 anos eu sabia conduzir...2 homens que desistiram de me ensinar, um carro rebucado 2 vezes por falta de utilização, 2 baterias e bastantes cogumelos....eu decidi que era altura de conquistar as belas estradas desta cidade e arredores. Meti-me a medo no carro e era vê-la feliz no pára/arranca da ponte 25 de Abril...feliz a medo. Consegui chegar a Sesimbra mas estacionar ainda não!
Por isso e como gosto de todos vocês sugiro que da próxima vez que se cruzarem com uma carrinha Wolkswagen Polo de 1991, preta e com uma miuda atarantada lá dentro, procurem não se aproximar muito que ela não é de se fiar....porque ELA ANDA AI!

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