Ao ver o mundo dançar penso tantas vezes nessa teia de uns sentidos que por vezes, de tão embrulhados em novelos de medos, reticências e desculpas convenientes, nos fazem tropeçar, bater com a cabeça. Uma amnésia confortável que não nos deixa rever aquilo que em crianças, em sonhos de algodão com formas, lançamos ao vento.
Um dia a picada de uma outra agulha fará despertar o beijo do sonho enfeitiçado dia a dia. E olhamos-nos a um sorriso tímido. Quando os olhos namoram a voz, que entremelada vai querendo crescer e correr por tudo o que o impossível nos permite. Tanto! Deixa-nos um leque de escolhas que se fazem com a doçura de quem escolhe um brinquedo, com a excitação de quem escolhe a primeira mochila, com a ternura de quem dá um primeiro beijo.
Revisitando batalhas de um passado que nem sempre sangrou em mim, redescobri paisagens, cantares e gostos cozinhados em mim O peito mastro balança, mas aguenta. Verga-se ás tremuras da dúvida e esquiva-se ás teimosias da dor que quer ficar.
Alguem falava em fingir que a loucura é normal...
Queria provar a teoria da simplicidade. Do belo que resulta melhor. Da verdade que pode ser dita sem se tornar o peso do fim da corda. Por agora ...sigo caminho ...só... numa calçada que se constrói de bocadinhos. Uma esperança que amadureçe a cada olhar, despido de sombras, que se dá a troco....sempre a troco e enquanto há troca eu vou dançando por aqui...
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1 comentário:
Linda...
Não sei que é que te dizia que a loucura é normal... mas eu voto, nisso mesmo... defendo, a loucura da normalidade... e a normalidade da loucura...
Por favor, deixem-nos ser - pelo menos - um cadito loucos...
Beijo
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